Intacto (06.04.2011)

Sustentas a cruel verdade que criaste
De que seguir não quer teu corpo junto ao meu...
Repara como é triste o céu... Adoeceu
Por ver o nosso Amor cair. E tu juraste

Flores no meu caminho, estrelas... Quem sofreu
Foi minha alma, mortinha... E que tudo isto baste,
Para que eu morra em paz, tal qual minh'alma. Erraste
Ao ver meu peito vivo a palpitar... Morreu!

Pensas que teu descaso é fruto do costume
De estar sempre comigo, a acompanhar o lume
Que de meus pés brotava, angústia, impaciência...

Mas sabes que eu te amo e por isso desprezas
O Amor que te envolveu em ramos de belezas,
Que já agoniza em pranto e é pleno de dolência...

Victória Freitas

Um comentário:

  1. Lírico, melancólico, bem feito. Sou teu fâ. rsrsrs
    gostei do:
    "Ao ver meu peito vivo a palpitar... Morreu!"

    Abraços mil

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