Desgarra minha mão e vai-te embora.
Tu não mereces mais o meu Amor,
Que ama, vive, sente, cuida, chora...
Que estava a cultivar imensa Dor.
E tu, que nunca deste algum valor,
Sempre a mentir, desde a formosa aurora,
Tantas promessas falhas, tanto agror,
Até o poente desse "Amor", o agora.
Guarda tanta mentira, tanto engano...
Aproveita esse teu Amor cigano
E vai por outra estrada, algum deserto...
É o último soneto a ti escrito...
Vai se acabando como um forte grito
Que ecoa inda, mas chega ao fim, decerto.
Victória Freitas
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