"Serve-me com dois dedos de veneno:
O suficiente para ser mortal...
Pois o céu claro, um tanto até sereno,
Tingiu-se em tons de um negro colossal.
Pois, para acompanhar, vinho chileno...
Meu último prazer, último mal.
Quero encenar o ato mais obsceno,
Espetáculo ingênuo, mas brutal...
Acorda do teu sono e vem me ver
Morrendo pelo amor que não me tens.
Vais aplaudir a triste encenação;
Ver, satisfeito, o corpo perecer
Pelo punhal guardado entre teus bens,
Fadado a penetrar meu coração."
Victória Freitas
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