Em seu escuro antro ornamentado,
Prepara a areia fina e rutilante.
Tomando seu aspecto vigilante,
Sai noite adentro e vai sempre acordado.
Assim que encontra um ser apaixonado,
Atira a areia aos olhos num rompante.
E, então, tomando a forma de um amante,
Nos sonhos dele surge. Insaciado,
Mais um corpo indefeso ele procura;
Deseja o ser, cuja alma é a mais dura,
Para, através do sonho, o libertar.
Sonolentos mortais, quando estão tontos
De sono e para o sonho já estão prontos,
É Morfeu, ajudando-os a sonhar.
Victória Freitas
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