A cartomante (15-02-10)

Embaralhava as cartas sem saber
O que esperar de tarde tão bucólica...
Vivia sempre triste, melancólica;
Não via ser capaz de se esconder...

Crispando forte os punhos, pôde ver
Na mesa aquela carta diabólica
Lembrou-se da incessante e forte cólica
Que antes julgava um mal. Quis dela ter

Outra vez o sabor agudo. Tal
Que assolava as entranhas do seu corpo...
Na sua frente (agora sim!) o mal.

Não queria ser dona da má sorte
Que em si destrói qualquer um anticorpo,
Mas agora fitava o olhar da morte...

Victória Freitas

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