Esperar (05.12.09)

Ah, verbo impiedoso que perjuro.
Amargo, só o tempo o faz parar...
Não basta a ti, senhor, ter meu futuro
Fadado a esperar por teu olhar?

Tal verbo é tão cruel, desprezo puro.
É frio, intolerante, dói pensar...
Se nada deve ser tão prematuro,
Não deve então viver por esperar.

Que verbo vil, não viste? Eu o condeno.
Se ainda não consegues enxergar
A qual altura alcança tal veneno,

Veja os dois lados mais indelicados:
Esperar teu amor desabrochar;
E esquecer os amores já passados.

Victória Freitas

3 comentários:

  1. Que coisa linda, Vicky!!!
    Minha sonetista favorita ;)

    Vou seguir pra acompanhar sempre.

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  2. Carambe vey vc mudou nao sabia q vc escrevia tao bem assim :D

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  3. Nossa! Voce tem essa capacidade, eu não sabia desse seu lado!!rsrsrsrs
    Quem é seu muso inspirador?!!rsrs

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